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sexta-feira, janeiro 22, 2016

Comentário de Carta a Diogneto

Não digo nada de estranho, não procuro o paradoxo mas, dócil ao ensino dos apóstolos, quero também eu ensinar as nações. Quero transmitir exatamente a tradição aos que quiserem também tornar-se discípulos da Verdade. Quem […] não se apressaria a aprender tudo o que o Verbo de Deus claramente ensinou aos seus discípulos? Porque, ao manifestar-Se, esse Verbo, que não foi compreendido pelos que não acreditaram nele, manifestou a verdade aos seus discípulos; exprimindo-Se abertamente, disse tudo aos seus discípulos. Reconheceu-os como seus fiéis e eles receberam o conhecimento dos mistérios do Pai.

Foi para isso que o Verbo foi envido ao mundo. E, para ser manifestado ao mundo inteiro […], foi proclamado pelos apóstolos para que as nações acreditassem nele. Ele, que era desde o princípio (Jo 1,1), manifestou-Se na novidade e os discípulos reconheceram-No pela antiguidade. Ele renasce sempre jovem no coração dos santos. […] Por Ele, a Igreja é cumulada de riquezas; a graça desabrocha, multiplicando-se nos santos, conferindo a inteligência da fé, revelando os mistérios do Pai, fazendo compreender os tempos. […] Ela oferece-se aos que a procuram respeitando as regras da fé e guardando fielmente a tradição dos Padres da Igreja.

Eis que o temor da Lei é cantado; eis que a graça dos profetas é reconhecida, a fé dos Evangelhos reforçada, a tradição dos apóstolos conservada; a graça da Igreja exulta de alegria. Não contristeis esta graça; assim, conhecereis os segredos que o Verbo de Deus revela por quem quer, quando Lhe apraz. Aproximai-vos, escutai e sabereis tudo o que Deus confia aos que O amam de verdade.

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