CAVALO ALAZÃO
Charles Fonseca
Durmo, sonho, sorrio.
Um cavalo corcoveia
Cor canela vermelha,
Relinchando, está no cio.
Um cavalo corcoveia,
Malha em terreno baldio.
Nada o prende, ele é vadio,
A potranca ele deseja.
Em prado vazio malho
Ao instinto estou sujeito.
Acordo, bate-me o peito.
Sou razão, domo o cavalo.
Sou cavalo alazão,
Sou instinto arqueado.
Salto ao chão, solto, apeado,
Corcoveio na paixão.
sábado, janeiro 30, 2016
CAVALO ALAZÃO. Charles Fonseca. Poesia
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