O ACENDEDOR DE LAMPIÕES DE RUAS
Jorge de Lima
Lá vem o acendedor de lampiões da rua!
Este mesmo que vem infatigavelmente,
Parodiar o sol e associar-se à lua
Quando a sombra da noite enegrece o poente!
Um, dois, três lampiões, acende e continua
Outros mais a acender imperturbavelmente,
À medida que à noite aos poucos se acentua
E a palidez do luar apenas se pressente.
Triste ironia atroz que ao senso humano irrita;
Ele que doma a noite e ilumina a cidade,
Talvez, não tenha luz na choupana em que habita...
Tanta gente também nos outros insinua
Crenças, religiões, amor, felicidade,
Como este acendedor de lampiões da rua!
sábado, fevereiro 28, 2015
O acendedor de lampiões de ruas. Jorge de Lima. Poesia
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