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domingo, janeiro 25, 2015

O Governo Brasileiro apoia e estimula a intolerância. Marcelo Caixeta, psiquiatra.

O Governo Brasileiro apoia e estimula a intolerância. Entre Nordeste e Sul, entre gays e religiosos, entre médicos e a população, entre civis e militares, etc.. No entanto, quando lhe convêm dá uma de "defensor da luta contra a intolerância" : agora diz que vai controlar a "intolerância religiosa" na internet. É um cavalo-de-troia para controlar toda a internet. Não se importa com a incongruência cognitiva de suas ações, pois sabe que o povo brasileiro, que não lê, não questiona suas incongruências. O jornal Diário da Manhã desta última sexta, 23.1.15, traz matéria onde o Governo diz que vai monitorar e punir "intolerância religiosa" na internet. É uma iniciativa que tende a agradar o atual espírito dos tempos, que é um espírito anti-intolerância, anti-autoritarismo, anti-saber-absoluto. No entanto, vou mostrar que é exatamente uma armadilha sutil; sutil exatamente porque utiliza-se do mecanismo que quer destruir, que é a tolerância e a transparência. No Brasil existe, por acaso, "crime de intolerância religiosa" ? Aqui morre-se espíritas mortos por protestantes ? Protestantes mortos por católicos ? Não. Portanto, se há intolerância, esta existe no campo ideológico, e não no campo criminal. Não há, portanto, campo de "violência religiosa" a ser atacado. No entanto, mídia e governo, cada um por seu motivo, optam por passar a imagem do "politicamente correto" e "defensor das liberdades". A mídia tenta destruir a todo custo o poder da internet exatamente porque a internet é sua maior inimiga, pois a internet divulga e debate coisas que a mídia, quase completamente cooptada pelos Governos, não faz. O brasileiro de modo geral não lê e , se não tivessem subsídios gordos dos Governos, jornais e revistas encalhariam às toneladas nas bancas. Já para o Governo, não há nada pior do que a consciência política, a divulgação na internet dos "podres da nação" e de seus governantes. A punição da "intolerância religiosa ideológica", portanto, não passa de uma medida mal-disfarçada de controle da consciência nacional. O que há de errado em debater ideias, mesmo "falando mal" de religiões e religiosos ? ( desde que com base concreta, desde que sem o interesse único e exclusivo de destruir ninguém, desde que sem mentiras ). O mais poderoso instrumento da Razão é a crítica, assim como a auto-crítica. Inibir a crítica é o mesmo que inibir os mecanismos de Evolução de Darwin.É muito típico da ideologia totalitarista-comunista o utilizar-se das prerrogativas da liberdade justamente para destruir a liberdade. Stalin , Fidel, Chavez, Lula, por exemplo, levam seu povo a acreditar na troca de uma "liberdade de evoluir individualmente" por uma "igualdade monitorada assistencialmente pelo Governo". Os nazistas, por exemplo, por meio de plebiscitos repetidos, manipulação propagandística dos conceitos libertários e populistas, levaram pouco a pouco o povo a anular seu próprio poder. Isto está em franco progresso no Brasil de hoje, como mostra esta medida Governamental. Este tipo de manipulação chega ao cúmulo de penalizar aquilo que o brasileiro tem de melhor : é o povo mais tolerante do mundo, em termos inter-religiosos, inter-raciais e até inter-ideológico-políticos ( aliás, se não fosse esta "tolerância excessiva", não estaríamos nesta esgoto onde chafurdamos há séculos ). Mas o Governo quer nos fazer crer que somos intolerantes, sim. É importante que acreditemos que somos intolerantes porque aí chega o Governo e "nos salva" da intolerância. Estes dias chegou ao cúmulo de dizer que médicos discriminam doentes negros com a patologia hematológica da anemia falciforme, quando é o próprio Ministério da Saúde que não autoriza procedimentos terapêuticos eficazes mais caros para esta condição médica ( doenças de "brancos", de "ricos", são bem mais contempladas pelo Governo, como, por exemplo, o "linfoma", aquela doença hematológica que a presidenta Dilma teve ). Manipulam e distorcem tanto as informações que não explicaram para o povão que o gene que leva à esta anemia é ligado à melanodermia e tem origem africana. Ou seja, é o "gene" que é racista mas o Governo quer impingir na mente do povo, a todo custo, que o racismo vem da "elite médica branca". Este Governo, portanto, está em plena Guerra Psicológica contra uma parcela de sua própria população. Isto está muito claro. O objetivo é anular a parcela crítica da população, deixando apenas a massa amorfa dos dependentes das bolsas-assistenciais ou dos contra-cheques governamentais.
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Marcelo Caixeta, psiquiatra

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