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terça-feira, novembro 25, 2014

A Petrobras e o "clube da roubança". Helio Duque

A Petrobrás e o “clube da roubança”
Hélio Duque

“Só tenho um amigo no governo: o Lula”. O empresário Ricardo
Pessoa, presidente da Construtora UTC, seria o autor da emblemática frase.
Transcrita na revista “Veja”, pg.56 (edição de 19.11.2014). Seria cascata de um
boquirroto? Era falsa, usada para impressionar os integrantes do cartel das
empreiteiras? O engenheiro era coordenador e sujeito ativo na orientação do cartel,
operava com desenvoltura na Petrobrás, garantindo o abastecimento das propinas.
Estaria utilizando o nome do ex-presidente irresponsavelmente? A figura pública do
cidadão Luiz Inácio Lula da Silva é colocada no contexto dos mal feitos, sem
nenhuma reação de contestação da vítima, até agora.
Em respeito à vida pessoal do líder sindicalista do passado, homem
público que exerceu a Presidência da República, com indiscutível apoio popular,
Lula não pode ficar calado. É conhecido o chavão “quem cala consente”. Sua reação
deveria ser contundente não só em palavras, mas buscando o judiciário para lavar a
sua honra que estaria sendo agredida. Ou pela revista ou por um empresário
leviano. Ante a gravidade do que foi publicado, o silêncio não é o melhor caminho.
Reagir e desmentir, ao que se lhe atribui, é o que a sociedade brasileira espera. Em
nome da dignidade de um ex-presidente da República.
Figura marcante na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo
Pessoa, segundo as manifestações, era o “presidente do clube”, cartelizado pelas
grandes empreiteiras brasileiras. O estatuto “informal” estabelecia que somente
grandes empresas poderiam participar com o objetivo de alavancar o super
faturamento das obras da Petrobrás. O “clube” de corruptor tinha duas categorias de
associados. Os empresários eram os sócios fundadores. Os sócios efetivos eram os
diretores da estatal e as várias dezenas de políticos oportunistas integrantes da
base aliada do governo. O “clube” se fundamentava no objetivo de ganhar dinheiro
fácil, operacionalizando o maior esquema de corrupção da história brasileira.
A prisão na operação do juízo final, dos principais executivos das
maiores empreiteiras do país, inaugurou um novo tempo na vida nacional. O juiz
Sérgio Moro, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal escreveram páginas
indeléveis: todos são iguais perante a lei. Os corruptores, até então, sujeito oculto na
dilapidação do patrimônio público se consideravam intocáveis. Eram fiéis discípulos
de Al Capone. Agora provaram na própria carne que a Justiça não pode, como
acreditavam, ser um braço omisso e contemplativo no enfrentamento de corruptores
e corruptos. Em tempo: é oportuno lembrar que em 2009, na “Operação Castelo de
Areia”, a Polícia Federal enquadrou a construtora Camargo Corrêa em
procedimentos onde a fronteira das ilicitudes não tinha barreiras. As evidências e
provas elencadas eram arrasadoras. Em 2011, o processo foi anulado, sob a
alegação de ter se baseado em denúncia anônima. O autor da anulação: O STJ

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