CONTUDO
Charles Fonseca
Contudo, deixo a todos o meu silêncio falante, o meu sorriso triste, alegria mascarada, a paciência acoitada. Deixo o meu verbo em prosa, a minha lira a vibrar, o tempo a esgarçar, a semente feita em germe, o dormente a erigir-se, folhas e flores à sombra, frutos pêcos na alfombra, os férteis a reproduzir. O bom que veio raiz, o belo que refloriu, o fruto a seu justo tempo morreu para dar de si mil.
segunda-feira, agosto 25, 2014
CONTUDO. Charles Fonseca. Prosa
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