Como a floresta secular
Olavo Bilac
IV
Como a floresta secular, sombria,
Virgem do passo humano e do machado,
Onde apenas, horrendo, ecoa o brado
Do tigre, e cuja agreste ramaria
Não atravessa nunca a luz do dia,
Assim também, da luz do amor privado,
Tinhas o coração ermo e fechado,
Como a floresta secular, sombria...
Hoje, entre os ramos, a canção sonora
Soltam festivamente os passarinhos.
Tinge o cimo das árvores a aurora...
Palpitam flores, estremecem ninhos,
E o sol do amor, que não entrava outrora,
Entra dourando a areia dos caminhos.
quarta-feira, julho 16, 2014
Como a floresta secular. Olavo Bilac. Poesia
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