À D. BÁRBARA HELIODORA
Alvarenga Peixoto
Bárbara bela,
Do norte estrela,
Que o meu destino
Sabes guiar,
De ti ausente triste somente
As horas passo
A suspirar.
Por entre as penhas
De incultas brenhas
Cansa-me a vista
De te buscar;
Porém não vejo
Mais que o desejo,
Sem esperança
De te encontrar.
Eu bem queria
A noite e o dia
Sempre contigo
Poder passar;
Mas orgulhosa
Sorte invejosa,
Desta fortuna
Me quer privar.
Tu, entre os braços,
Ternos abraços
Da filha amada
Podes gozar;
Priva-me a estrela
De ti e dela,
Busca dous modos
De me matar!
Poema dedicado à sua esposa, remetido do cárcere da Ilha das Cobras
sábado, junho 14, 2014
À D. Bárbara Heliodora. Alvarenga Peixoto. Poesia
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