O cavalo, o boi, o cão e o homem
Esopo
Quando Zeus criou o homem, só lhe concedeu uns poucos anos de vida. Porém o homem, pondo a funcionar sua inteligência, ao chegar o inverno, construiu uma casa e morou nela. Certo dia em que o frio era muito intenso, e a chuva começou a cair, não podendo o cavalo agüentar-se mais, chegou correndo onde estava o homem e lhe pediu abrigo.
Disse-lhe o homem que só o faria com uma condição: que lhe cedesse uma parte dos anos que lhe corresponderiam. O cavalo aceitou. Pouco depois se apresentou o boi que tampouco podia sofrer no mau tempo. O homem disse o mesmo: que o admitia se desse certo número de anos. O boi cedeu uma parte e foi admitido. Por fim chegou o cão, também morrendo de frio e, cedendo uma parte de seu tempo de vida, obteve seu refúgio.
E este é o resultado: quando os homens cumprem o tempo que Zeus lhes deu, são puros e bons; quando chegam aos anos pedidos ao cavalo são intrépidos e orgulhosos; quando estão nos do boi, se dedicam a mandar; e quando chegam a usar o tempo do cão, ao final de sua existência, tornam-se irascíveis e mal-humorados.
Moral da Estória:
Descreve esta fábula as etapas do homem: infância inocente, juventude vigorosa, maturidade poderosa e velhice sensível.
sexta-feira, março 21, 2014
O cavalo, o boi, o cão e o homem. Esopo. Fábula. Prosa
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