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quarta-feira, outubro 30, 2013

TRAVO. Charles Fonseca. Poesia

TRAVO
Charles Fonseca

Pra preservar uma imagem
Fiz-me cego surdo mudo
Hoje sou qual um ex tudo
A solidão me é pagem

Eis-me agora objeto
Por um caso de estudo
Eis tudo ele obtuso
Sujeito ao abjeto

Amo alguém porta travessa
Coração no esfacelo
Não ao exilio ao degredo
Verso vê-la vigil vela

Minha alma na esperança
De alguem lá do passado
Do futuro estou cansado
De Cupido tenho a lança

Cravada, eu sou da rosa
Amante não sou do cravo
Beija flor no bico trago
Travo de fel, vou-me embora.

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