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domingo, agosto 18, 2013

ATAIDINHO. Charles Fonseca

ATAIDINHO
Charles Fonseca

Há tanto tempo, a meio caminho,
Havia um pilar, sustinha a ponte,
O meu irmão nela bateu, arfante,
Na ponte morreu Ataidinho.

Morreu, foi-se meu solidário irmão,
Ainda vive em mim sua lembrança.
Qual passarinho, foi-se a esperança
De ainda tê-lo estendendo a mão.

Era um tico-tico rasteirinho
Alegre, o amavam seus irmãos.
O nome herdou do pai, desolação,
Resta só saudade, choro baixinho.

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