TERNURAS DE UM PEITO AMANTE
Charles Fonseca
Quando poderei mui doce até
Dizer-vos do dito terno amor
Que ausente desejo me tornou,
E sem ele errante ‘stou a pé?
Quando poderei falar de flores
Aragens, água fresca, abelhas, mel,
Eu que sem amparo pus-me ao léu,
Que afinal sofro sem ele dores?
Quando desejar amor eterno
Que a vós venha de outrem, que dure,
Sentimento eterno que perdure
Mesmo sem ter pra mim a vós dou terno?
terça-feira, junho 25, 2013
TERNURAS DE UM PEITO AMANTE. Charles Fonseca
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