A maior riqueza do homem é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um sujeito que abre portas,
que puxa válvulas, que olha o relógio,
que compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem usando borboletas.
- Manoel de Barros, em "Retrato do Artista Quando Coisa", Editora Record, 1998.
sábado, maio 25, 2013
Retrato do Artista Quando Coisa. Manoel de Barros.
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