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sábado, novembro 17, 2012

Os poetas das sargetas. Luiz Fernando Pinto. Poesia

OS POETAS DAS SARGETAS
Luiz Fernando Pinto


As crianças sem destino,
Que vagam maltrapilhas
Pelos seus caminhos sem fim,
Chorarão mais uma vez,
Em coro e em ré menor,
Quando chegar o Natal.

Mas, algum dia,
Num futuro longínquo,
Quando elas crescerem
Elas se tornarão poetas e arautos,
Dos seus natais sem presentes e sem Noel,
E ressuscitarão em tristíssimos poemas,
Toda a solidão e o desamor
Daqueles seus Natais de solidão e abandono,
- Sem presentes e sem Noel -
Cantados em coro e em ré menor
Nas sarjetas das suas vidas,
Marcada por insólita carência afetiva e social.

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