OS POETAS DAS SARGETAS
Luiz Fernando Pinto
As crianças sem destino,
Que vagam maltrapilhas
Pelos seus caminhos sem fim,
Chorarão mais uma vez,
Em coro e em ré menor,
Quando chegar o Natal.
Mas, algum dia,
Num futuro longínquo,
Quando elas crescerem
Elas se tornarão poetas e arautos,
Dos seus natais sem presentes e sem Noel,
E ressuscitarão em tristíssimos poemas,
Toda a solidão e o desamor
Daqueles seus Natais de solidão e abandono,
- Sem presentes e sem Noel -
Cantados em coro e em ré menor
Nas sarjetas das suas vidas,
Marcada por insólita carência afetiva e social.
sábado, novembro 17, 2012
Os poetas das sargetas. Luiz Fernando Pinto. Poesia
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