domingo, agosto 05, 2012

Soturnamente

SOTURNAMENTE
Charles Fonseca

Tangem sinos lá bem longe
Os de perto me acompanhem
Meus adeuses meus réquiens
Às intrigas, invejas aos montes

Aos tão culpados contritos
De tão avaros tão pródigos
Odiosos quão piedosos
Badalem zumbis seus guizos

Nas horas das noites caladas
Nas algazarras das festas
Espiem fantasmas nas frestas
Gemam bruxas desalmadas.

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