AGOSTO
Marcia Tigani
Agosto da secura interminável,
do sabor acre, de folhas quietas.
Um ar pesado e irrespirável ,
do sal na terra, de vidas sêcas.
Agosto de sol inclemente
de tarde morna, da hora lenta.
Um calendário que não se move
marcando a vida que se ausenta.
Agosto do gosto do nada,
do fogo e fumaça, de areia e pó.
Cortina densa, triste e cinzenta
embaçando tudo sem piedade e dó.
Agosto do amor que parte
na sexta feira, no dia treze.
Nó na garganta que queima e arde
como se agua jamais bebesse.
Agosto, do gosto e desgosto,
de tantos lamentos, de tantos ais,
é o pranto que a terra verte
e o vento leva prá nunca mais.
quarta-feira, agosto 01, 2012
Agosto. Marcia Tigani
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