segunda-feira, março 05, 2012

Dois de novembro. Alphonsus de Guimaraens.

Dois de Novembro XX
Alphonsus de Guimaraens

Vou pela sombra. O luar é suave como
O sol que morre no claror supremo.
Agora a lua, em demorado assomo,
Domina todo o céu, de extremo a extremo.

Eis a floresta. O espírito de um gnomo
Em cada árvore ri. Valha-me o demo!
Por sobre a copa deste cinamomo
Desliza a lua, gôndola sem remo…

Sigo. Silêncio e luz… Dormem os ninhos.
Por toda a parte, heráldicos arminhos,
Aqui e ali, refulgem sobre o chão.

É a floresta enluarada da minh’alma:
E o teu olhar é a lua doce e calma
Que me segue através desta ilusão

Nenhum comentário:

Postar um comentário