domingo, dezembro 11, 2011

A longa espera

A LONGA ESPERA
Charles Fonseca

Tu és como água mansinha 
Que corre beirando o mato
Querendo ser rio és riacho 
E acho que voltas chuvinha.

Quando chegares aos mares
Após seres caudalosa
Desprezastes orgulhosa
As origens, teus amares.

Quando tu voltares chuva 
Talvez só fino orvalho
Quem sabe sob este carvalho
Que te deu sombra vetusta

Encontres só em lembranças
A quem se foi, não mais volta
Cansou-se, fechou a porta
Pra ti, morreu de esperanças.

Nenhum comentário:

Postar um comentário