terça-feira, dezembro 13, 2011

Catingagourenta

CATINGAGOURENTA
Charles Fonseca

A alma tão delicada
Da pomba arribaçã
Carcará ou então cauã
Virou na terra queimada

Minha cabra cabriola
Seu olhar doce carneiro 
Mais que bode de terreiro 
Agora conta lorota

Até doce sabiá
Junto ao canário inocência
Agoura maledicência
Crocita quem sabe lá?

Ai, meu Deus o tico-tico
O cardeal de coleira
Até a rola ligeira
Gavião já é com bico

Eu então dessa caatinga
Vou-me embora fico não
Adeus meu velho sertão
Vou-me embora pra campina.

Nenhum comentário:

Postar um comentário