SAUDADES DE SALVADOR
Charles Fonseca
Saudades de
Salvador
Da baixa dos Sapateiros
Das ruelas eu trigueiro
Adentrando
inda em flor
A minh’alma entre opostos
Da pureza servidão
Da
lascívia amplidão
Do sim do não propostos
Saudades do
Pelourinho
Subida descida então
Na ida sobe o cristão
Na volta não
mais arminho
Ai, Forte de meu São Pedro
Tão fraco a ti cheguei
À
Sião tão falsa grei
Só irmão rico segredo
Continhas em ti tão pobres
Arroubos da arrogância
Ai roubos da tarda infância
Ai pobres ricos
esnobes
Graça, tu bairro tão nobre
Rico em tantas ilusões
Tu plebe
em ti senões
O falso ouro te cobre
Vou-me embora salvo a
dor
Ficarei de ti distante
Dos desalmados instantes
Do infiel
impostor
Destino do falso sonho
Vou-me embora Aracajú
Em teu lugar
não mais tu
Salvador és-me bisonho.
sexta-feira, novembro 25, 2011
Saudades de Salvador
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Poesia
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