sábado, agosto 06, 2011

A CHAVE
Charles Fonseca

Dei-lhe a chave, bati a porta
Levando o violão e a mala.
Amá-lo posso, amá-la não
Vilão fui não, segui outra rota.

Derrota, tentei impassível
Cinco anos mais que Jacó.
Disse ela então pra mim com dó
Alem terás o impossível.









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AVESSO
Charles Fonseca

Pra ti só meus poemas
Do passado, de antanho,
Pois d’agora, que estranho,
De mim saem a duras penas

Perversas no seu conceito
Onde o mais de ti é menos
Aos que faço vens com acenos
Salve, salve, com três jeitos

De amar, olhar travesso
De ouvir, gemidos roucos,
De cheirar-me a mim com tosco
Sorriso, beijas avesso.





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O NAVIO NEGREIRO – TRAGÉDIA NO MAR
Antonio de Castro Alves

“'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar - dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.

'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
- Constelações do líquido tesouro...

'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...

'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...















Cidade do Salvador da Bahia. Igreja de São Francisco de Assis.
Espere abrir e clique no botão tela cheia. Arraste o mouse sobre a imagem. Não esqueça de ver o teto. Arquitetura barroca.

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