terça-feira, maio 17, 2011


Enviado por Eva




Filhos são do mundo
 (José Saramago)
Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até
de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto
aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais
acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem
escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios
sofrem pelas escolhas que recomendamos.

Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de
como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores
defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém
pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da
incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então,
de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito
aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um
tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica,
sociológica, psicológica e emocionalmente.

E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam
retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é
entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!

Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os
fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não
fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu
coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que
mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver " 
José Saramago

Enviado por Edry



                                                   Em Sergipe o cangaço ficou assim.



Por que as pessoas gritam?
"Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? questionou novamente o pensador.
Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouvisse, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.
Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo:
Quando vocês discutirem, não deixe que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta. "
Mahatma Gandhi

Enviado por César



Clarão da lua. Debussy.







O selo, coronel? O selo?

Abro a coluna com Jânio Quadros. Logo depois de 64, é chamado ao Rio para depor em Inquérito Policial Militar (o famigerado IPM daqueles tempos de chumbo. Mas o ex-presidente não vai. E diz por que não vai:
- Só falo no meu chão, na minha jurisdição.
O coronel vai a São Paulo ouvi-lo. À máquina, o sargento escrevente e, ao lado de Jânio, seu amigo Vicente Almeida. O coronel começa:
- Dr. Jânio Quadros, em que dia e ano o senhor nasceu?
Jânio arregala os olhos, entorta-os e volta-se para o lado:
- Vicente, meu bem, será que ele não sabe? Não pode ser.
O coronel não entende:
- Não sabe o quê?
- Que perguntas têm que ser por escrito. Está na lei, coronel. Na lei.
O depoimento vai indo, por escrito. O coronel tira um maço de cigarros, oferece. Jânio pega-o na ponta dos dedos, passa de uma mão à outra:
- Vicente, meu bem, que coisa. O que é isto? Que estranho, Vicente! Nunca havia visto.
O coronel irrita-se:
- Por que o espanto, Dr. Jânio ? É um cigarro americano Marlboro.
- Sim, sim, meu caro coronel, sei-o, sei-o muito bem. Mas, onde está o selo? O selo, coronel? O selo?
O IPM acabou.


Historinha que Jô Soares contou a Sebastião Nery.

Nenhum comentário:

Postar um comentário