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quinta-feira, março 31, 2011

GUIANA - País da América do Sul, banhado pelo Atlântico, limitado a leste pelo Suriname, ao sul e sudoeste pelo Brasil e a oeste pela Venezuela. Seu nome vem da palavra tupi wayana, que significa "terra das águas". Isto por conta de seu território ficar entre o Amazonas e o Orinoco, além também possuir vários rios em seu interior. Há também uma versão que diz ser o nome originado dos índios guaianos, guianás ou guaianases, que vivem às margens do Rio Orinoco.



Antes de ser avistada por em 1498 por Cristóvão Colombo, em sua terceira viagem ao continente americano, quando aportou na foz do Orinoco (chamado pelos nativos de Orinocu, Jupari e Baraguan). No ano seguinte, por ali esteve o navegador espanhol Alonso de Ojeda, com Américo Vespúcio a bordo. Ojeda descobriu, inclusive, a foz do Rio Essequibo, (que ele chamou de 'Dulce', mas este nome não prevaleceu), em terras onde hoje está a Guiana. Em janeiro de 1500, Vincente Pinzón por ali também esteve, costeando o litoral norte da América do Sul, chegando inclusive ao Brasil, na altura do Ceará (embora haja quem diga ter ele atingido o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, mas é pouco provável).


Outros navegadores estiveram pela região, incluindo Francisco de Orellana, que procurava por El Dorado, lugar e personagem mitológico que presumivelmente teria existido naquela região. Como o lugar pareceu ser inóspito, sem riquezas naturais que pudessem ser exploradas, em que pese a lenda de El Dorado, o lugar foi deixado de lado pela Espanha e ficou sendo conhecido como 'costa selvagem'. Houve até uma tentativa, em 1531, com a concessão de exploração do lugar sendo concedida a Diego Hernández de Serpa, que governaria e exploraria a região que tinha sido batizada como Nova Andaluzia. Entretanto, nada foi feito neste sentido.


Ainda no Século XVI, holandeses estiveram ali e iniciaram uma colonização no trecho entre o Essequibo e o Demerara. No século seguinte, navegantes ingleses chegaram à região, com o objetivo de explorá-la. Em 1604, Charles Leigh tomou posse, em nome do rei, da margem esquerda do baixo Oiapoque, estabelecendo ali uma colônia com 76 homens. Em 1627, o almirante holandês Lucifer encontrou a área abandonada, passando a explorá-la, deixnado ali Jan van Ryen. Era parte da estratégia da Companhia das Índias Ocidentais holandesa (havia uma inglesa), que visava levar guerra às colônias espanholas, explorar o comércio de madeira, corantes, se possível ocupar terras estabelecendo agricultura escrava negra, cultivando algodão, cana-de-aúcar e tabaco.


Porém, em 1814, a Holanda cedeu a regiãoem torno da foz do rio Essequibo aos ingleses, que a batizaram oficialmente de Guiana Inglesa em 1831. Procedendo como de hábito, quando não encontravam mão-de-obra indígena local, os ingleses importaram escravos d'África para as lavouras da colônia. Em 1837, com a abolição da escravidão, ingleses trouxeram trabalhadores indianos, chineses e javaneses para substituírem os negros nas plantações do interior. Esses traslados de consideráveis contingentes humanos são responsáveis pela pouca homogeneidade da população do país.


A partir da segunda metade do século XX, começou a haver na colônia aspirações de independência. Em 1950, Cheddi Jagan fundou o Partido Progressista Popular, grupo político formado principalmente, pela população de origem mestiça, apresentando um programa calcado em reformas sociais de base, além de ser partidário da independência. O Congresso Nacional Popular, partido dos negros, comandado por Forbes Burnham e menos incisivo em suas aspirações, conseguiu o apoio da população branca, formada principalmente por descendentes de ex-imigrantes contratados, vindos da Ilha da Madeira no século XIX. Jagan ganhou as eleições de 1961, mas vários distúrbios de caráter racial retardaram a Independência. Jagan venceu as novas eleições em 1964. Pouco depois, o governador inglês nomeou Burnham como primeiro-ministro. Em 1966 o país alcançou sua Independência mantendo-se como membro da Commonwealth. Atualmente, Bharrat Jagdheo está na presidência, com Samuel Hinds como primeiro-ministro.
http://www.ibge.gov.br/paisesat/main.php





Jorge Mautner






Degustação de vinho em Minas
Luiz Fernando Veríssimo

- Hummm...
- Hummm...
- Eca!!!
- Eca?! Quem falou Eca?
- Fui eu, sô! O senhor num acha que êsse vinho tá com um gostim estranho?
- Que é isso?! Ele lembra frutas secas adamascadas, com leve toque de trufas brancas, revelando um retrogosto persistente, mas sutil, que enevoa as papilas de lembranças tropicais atávicas...
- Putaquepariu sô! E o senhor cheirou isso tudo aí no copo?!
- Claro! Sou um enólogo laureado. E o senhor?
- Cebesta, eu não! Sou isso não senhor!! Mas que isso aqui tá me cheirando iguarzinho à minha egüinha Gertrudes depois da chuva, lá isso tá!
- Ai, que heresia! Valei-me São Mouton Rothschild!
- O senhor me desculpe, mas eu vi o senhor sacudindo o copo e enfiando o narigão lá dentro. O senhor tá gripado, é?
- Não, meu amigo, são técnicas internacionais de degustação entende? Caso queira, posso ser seu mestre na arte enológica. O senhor aprenderá como segurar a garrafa, sacar a rolha, escolher a taça, deitar o vinho e, então...
- E intão moiá o biscoito, né? Tô fora, seu frutinha adamascada!
- O querido não entendeu. O que eu quero é introduzi-lo no...
- Mais num vai introduzi mais é nunca! Desafasta, coisa ruim!
- Calma! O senhor precisa conhecer nosso grupo de degustação. Hoje, por exemplo, vamos apreciar uns franceses jovens...
- Hã-hã... Eu sabia que tinha francês nessa história lazarenta...
- O senhor poderia começar com um Beaujolais!
- Num beijo lê, nem beijo lá! Eu sô é home, safardana!
- Então, que tal um mais encorpado?
- Óia lá, ocê tá brincano com fogo...
- Ou, então, um suave fresco!
- Seu moço, tome tento, que a minha mão já tá coçando de vontade de meter um tapa na sua cara desavergonhada!
- Já sei: iniciemos com um brut, curto e duro. O senhor vai gostar!
- Num vô não, fio de um cão! Mas num vô, messs! Num é questão de tamanho e firmeza, não, seu fióte de brabuleta. Meu negócio é outro, qui inté rima com brabuleta...
- Então, vejamos, que tal um aveludado e escorregadio?
- E que tal a mão no pédovido, hein, seu fióte de Belzebu?
- Pra que esse nervosismo todo? Já sei, o senhor prefere um duro e macio, acertei?
- Eu é qui vô acertá um tapão nas suas venta, cão sarnento! Engulidô de rôia!
- Mole e redondo, com bouquet forte?
- Agora, ocê pulô o corguim! E é um... e é dois... e é treis! Num corre, não, fiodaputa! Vorta aqui que eu te arrebento, sua bicha fedorenta!...




Andries Van Eertvelt



Evangelho Lc:11,14-23

14. Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas.

15. Alguns, porém, disseram: “É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios”.

16. Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu.

17. Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: “Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra.

18. Ora, se até Satanás está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios.

19. Se é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos os expulsam? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.

20. Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós.

21. Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão seguros.

22. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura em que confiava e distribui os despojos.

23. Quem não está comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha.

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