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sexta-feira, junho 25, 2010

POESIA

Sob o consentimento das estrelas
Nós dois, repletos do silêncio antigo
Que os que vivem a amar trazem consigo,
Nos amaremos ternamente pelas

Noites de calma e de luar profundo
Em que as almas, dos olhos que se abordam,
Em gotas de água trêmula transbordam,
Como a água que enche o olhar do lago fundo...

E se um dia sentirmos que se finda
O amor, mais triste do que a morte, ainda
Tentaremos uma última ternura

Para que o nosso amor morra a viver,
Como uma nota de órgão que perdura,
Como as chamas sonâmbulas que acordam

E ardem mais alto no ar, para morrer...

(Onestaldo de Pennafort)

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