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sexta-feira, maio 28, 2010

MEDICINA

ESQUIZOFRENIA

E os efeitos colaterais?
As drogas antipsicóticas, como todas as medicações, trazem efeitos indesejáveis junto com seus efeitos benéficos. Nas primeiras fases do tratamento os pacientes podem sentir efeitos colaterais desagradáveis tais como tonturas, inquietação motora, tremores, sonolência, espasmos musculares, boca seca, turvamento da visão. A maioria destes efeitos pode ser corrigida com uma diminuição da dosagem ou controlada com outros medicamentos. São comumente usados para tratar os efeitos colaterais: biperideno, trhexafenidil, e propanolol. É importante lembrar que diferentes pacientes respondem de forma diversa e apresentam efeitos colaterais diferentes aos vários medicamentos antipsicóticos. Os efeitos colaterais de longo-prazo podem representar um problema mais sério. A discinesia tardia é um transtorno caracterizado por movimentos involuntários que afetam mais freqüentemente a boca, os lábios, a língua e às vezes o tronco ou outras partes do corpo, como pernas e braços. Ela ocorre em cerca de 15 a 20% dos pacientes que receberam os medicamentos mais antigos (os “antipsicóticos típicos”) por muitos anos, mas também pode aparecer em pacientes que tenham sido tratados com estas drogas por períodos mais curtos. Na maioria dos casos os sintomas de discinesia tardia são leves e os pacientes podem nem perceber os movimentos.
As medicações antipsicóticas desenvolvidas mais recentemente parecem apresentar um risco muito menor de produzir discinesia tardia do que as medicações tradicionais, mais antigas. Entretanto, este risco não é nulo. Além disso, estas medicações mais novas também podem produzir efeitos colaterais, tais como ganho de peso. Quando prescritas em doses muito altas, podem levar a problemas de retraimento social e produzir sintomas que se parecem com a Doença de Parkinson, um transtorno que afeta os movimentos. De qualquer forma, estes novos antipsicóticos representam um avanço significativo no tratamento e o seu uso adequado é tema de muitas pesquisas atuais.

O que são intervenções psicossociais?
Os pacientes com esquizofrenia podem melhorar muito dos sintomas psicóticos com a medicação, mas ainda assim muitos continuam a sofrer com dificuldades de comunicação, motivação, auto-cuidado e para estabelecer e manter relacionamentos. Além disso, como a doença acomete as pessoas quando estão numa fase crítica de formação na vida (entre os 18 e 35 anos de idade), os pacientes têm menor probabilidade de completar os estudos e treinamento adequado para desempenhar um trabalho mais qualificado. Conseqüentemente, muitas pessoas com esquizofrenia sofrem não somente com dificuldades emocionais e cognitivas, mas também não adquirem ou perdem habilidades sociais e de trabalho, ou seja, experiência de maneira geral.
As intervenções psicossociais podem ajudar principalmente a diminuir o sofrimento e as dificuldades sociais e ocupacionais. Existem muitas abordagens terapêuticas para as pessoas com esquizofrenia, nos diferentes tipos de serviços e contextos de tratamento – no hospital ou na comunidade. Algumas destas abordagens estão descritas aqui. Infelizmente estes serviços não estão disponíveis ou acessíveis de maneira ampla. Muitas pessoas ainda sofrem com a inexistência de tratamento apropriado em suas comunidades.

Reabilitação
Em termos gerais, a reabilitação inclui uma ampla gama de intervenções não-médicas. Os programas de reabilitação enfatizam o treinamento social e vocacional ou ocupacional para ajudar as pessoas a superarem as dificuldades e barreiras nestas áreas de atividade. Em alguns países esses programas incluem desde o desenvolvimento de habilidades específicas como lidar com dinheiro e usar o transporte público, o treinamento de hábitos sociais para ajudar a pessoa a se relacionar melhor socialmente, técnicas de resolução de problemas e até aconselhamento vocacional.
No Brasil, estas abordagens são realizadas principalmente através da intervenção de terapia ocupacional. Estas abordagens são importantes para o sucesso do tratamento na comunidade, porque possibilitam que os pacientes desenvolvam estratégias e habilidades para viver de forma satisfatória na comunidade.
http://www.abpcomunidade.org.br/informese/exibir/?id=25

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