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quinta-feira, maio 20, 2010

MEDICINA

COMO SE TRATA A ESQUIZOFRENIA?

Como a esquizofrenia não é uma doença de fácil tratamento e suas causas não são ainda conhecidas, os métodos de tratamento atuais são baseados em pesquisas e experiência clínicas. Essas abordagens são escolhidas levando em conta a capacidade de reduzir os sintomas da esquizofrenia e diminuir as chances de retorno destes sintomas.

Quais as medicações indicadas?
As medicações antipsicóticas começaram a ser utilizadas em meados da década de 50 e têm contribuído para melhorar a perspectiva de vida dos pacientes. Estas medicações reduzem os sintomas psicóticos da esquizofrenia e geralmente permitem ao paciente funcionar mais efetivamente e apropriadamente. Drogas antipsicóticas são o melhor tratamento até agora disponível, mas não “curam” a doença nem garantem que não ocorrerão novos episódios psicóticos. A escolha e dosagem da medicação devem ser feitas somente por um médico qualificado, que esteja bem informado sobre o tratamento médico dos transtornos mentais – usualmente um psiquiatra. A dosagem da medicação é diferente de paciente para paciente, uma vez que as pessoas variam muito em relação à quantidade necessária para reduzir sintomas sem a produção dos indesejáveis efeitos colaterais.
A maioria dos pacientes tem uma melhora substancial quando medicados com antipsicóticos. Alguns pacientes, entretanto, não são muito ajudados pela medicação. É difícil prever quais pacientes estarão numa destas categorias e distingui-los da maioria dos pacientes que de fato se beneficiam dos remédios.
Algumas novas drogas antipsicóticas (comumente chamadas “antipsicóticos atípicos”) têm sido introduzidas desde 1990. A primeira delas, a clozapina, tem mostrado ser mais efetiva que outros antipsicóticos, embora a possibilidade de efeitos colaterais graves – em particular uma condição chamada agranulocitose (redução dos glóbulos brancos do sangue, necessários para a defesa contra infecções) – requeira que os pacientes sejam monitorados com exames de sangue periódicos. Algumas drogas antipsicóticas mais novas, como a risperidona e a olanzapina, são mais seguras do que a clozapina e podem ser melhor toleradas. Entretanto, elas podem ou não tratar a doença tão bem quanto à clozapina. Vários outros antipsicóticos estão atualmente em desenvolvimento.
As drogas antipsicóticas são em geral bastante efetivas para tratar de certos sintomas da esquizofrenia, particularmente alucinações e delírios; infelizmente, as medicações não parecem ser muito úteis para melhorar outros sintomas, tais como a diminuição da motivação e da expressão emocional. Além disso, os antipsicóticos mais antigos (que também eram chamados de neurolépticos), remédios como o haloperidol ou a clorpromazina, podem até mesmo produzir efeitos colaterais que se parecem com os sintomas mais difíceis de serem tratados. Diminuir a dose ou trocar a medicação geralmente reduz os efeitos colaterais; os remédios mais novos, incluindo a olanzapina e a risperidona, parecem trazer menos problemas quanto a esses efeitos colaterais. Às vezes, quando as pessoas com esquizofrenia ficam deprimidas, outros sintomas podem parecer piorar. Estes sintomas podem melhorar com a adição de medicação antidepressiva.
Os pacientes e familiares muitas vezes ficam preocupados com as medicações usadas para tratar a doença. As dúvidas e temores mais freqüentes são a respeito dos efeitos colaterais e a preocupação de que estes medicamentos possam levar o paciente a ficar dependente do remédio. É importante saber que as medicações antipsicóticas não produzem nenhum tipo de euforia ou dependência, isto é, não “viciam” o paciente.
Outro preconceito sobre as medicações antipsicóticas é a idéia de que eles produzem um controle mental ou atuam como uma “camisa de força química”. Esses remédios, quando usados de forma apropriada, não “nocauteiam” as pessoas ou tiram a sua liberdade de pensar. Essas medicações podem ser sedativas, e esse efeito pode ser útil no início do tratamento, particularmente se o indivíduo está bastante agitado, mas a utilidade dos medicamentos não se dá por seu efeito sedativo e sim por sua capacidade de diminuir as alucinações, a agitação, a confusão e os delírios de um episódio psicótico. Desta maneira, as medicações antipsicóticas estariam ajudando o paciente a lidar com a realidade de maneira mais racional.
http://www.abpcomunidade.org.br/

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