quinta-feira, abril 22, 2010

Transtorno bipolar (continuação)

Outros tratamentos
• Em situações em que a medicação, o tratamento psicossocial e a combinação dessas intervenções se mostram ineficazes ou agem de maneira demasiado lenta para aliviar sintomas graves como psicose ou tendências suicidas, pode-se considerar a eletroconvulsoterapia (ECT). A ECT também pode ser considerada no tratamento de episódios agudos quando condições médicas, incluindo a gravidez, tornarem demasiado arriscado o uso de medicações. A possibilidade de problemas de memória de longa duração, embora fosse um problema em épocas anteriores, foi significativamente reduzida pelas técnicas modernas de ECT. Entretanto, os benefícios e riscos potenciais da ECT e das intervenções alternativas disponíveis devem ser cuidadosamente revistos e discutidos com os indivíduos em que esse tratamento for considerado e, quando apropriado, com familiares e amigos.
• Os suplementos herbários ou naturais, como a erva-de-São-João (Hypericum perforatum), não foram bem estudados e sabe-se pouco em relação a seus efeitos sobre o transtorno bipolar. Como a FDA não regula sua produção, diferentes marcas desses suplementos podem conter quantidades diferentes dos ingredientes ativos. Antes de experimentar suplementos herbários ou naturais, é importante discuti-los com seu médico. Há evidências de que a erva-de-São-João pode diminuir a eficácia de algumas medicações. Além disso, assim como os antidepressivos de prescrição, a erva-de-São-João pode causar a passagem à mania em alguns indivíduos com transtorno bipolar, especialmente se não estiver sendo tomado nenhum estabilizador do humor.
• Os ácidos graxos Omega-3 encontrados em óleos de peixes estão sendo estudados para se determinar sua utilidade, sozinhos e quando adicionados a medicações convencionais, no tratamento prolongado do transtorno bipolar.
Uma doença de evolução prolongada que pode ser eficazmente tratada Ainda que os episódios de mania e depressão venham e vão naturalmente, é importante compreender-se que o transtorno bipolar é uma doença prolongada que não tem cura no momento atual. Permanecer em tratamento, mesmo durante os períodos em que se está bem, pode ajudar a manter a doença sob controle e reduzir a chance de ter episódios recorrentes e cada vez mais graves.

http://www.abpcomunidade.org.br/informese/exibir/?id=4
(continua)

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