SÓ QUANDO O POETA DORME
Charles Fonseca
Quando o poeta dorme,
Acordam restos diurnos
Em sonhos, um tanto confusos,
Desejos pequenos enormes.
Quando o poeta dorme
Dorme também sua fome.
Mordem desejos de homem,
Pede que a amada acorde.
Quando o poeta acorda
Todo o sonho está desfeito.
Em cinzas, pós fogo do leito,
O cobrem. Fecham-se portas.
sábado, abril 10, 2010
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