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sábado, abril 24, 2010

PALHAÇO. Charles Fonseca. Poesia

PALHAÇO
Charles Fonseca

Essa dor que me constrange
Qual dardo no meu estômago
Faz de mim qual um sonâmbulo
Entre mágoas e sem sangue

Dos socos dos solavancos
Dos punhais sobre meu dorso
Tapa na cara em decoro
Mascarado saltimbanco

Sorrio e dentro só choro
Flores alegres de enterro
Farfalham as folhas ao erro
Sementes no mundo afora

Jazem mortas inda vivas
Só os meus amores não morrem
Atores sãos de mim correm
Saltitam falsos convivas.

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