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sexta-feira, abril 30, 2010

MEDICINA

O QUE É A ESQUIZOFRENIA?

A esquizofrenia é uma doença mental complexa e intrigante, cujas causas não são ainda completamente conhecidas. Aproximadamente 1% da população desenvolve a doença ao longo da vida. Embora afete homens e mulheres na mesma proporção, a doença freqüentemente aparece mais cedo nos homens, usualmente no final da adolescência e em torno dos 20 anos. As mulheres adoecem mais tarde, em geral entre os 20 e 30 anos de idade. Os sintomas da esquizofrenia são freqüentemente assustadores – a pessoa pode ouvir vozes não escutadas pelos outros, acreditar que os outros estão lendo seus pensamentos, controlando sua mente ou planejando algo para prejudicá-la. Estes sintomas podem levar a pessoa a ficar com muito medo e se retrair. Sua fala e seu comportamento podem ficar tão desorganizados que ela se torna incompreensível e desperta medo nos outros ao seu redor. Estima-se que cerca de 25% das pessoas com esquizofrenia se recuperam totalmente. O tratamento pode aliviar muitos sintomas, mas muitas pessoas com esquizofrenia continuam a apresentar alguns sintomas ao longo da vida.
Entretanto, este é um momento de esperança para as pessoas com esquizofrenia e suas famílias. As pesquisas estão gradualmente levando a medicamentos novos e mais seguros e revelando as complexas causas da doença. Os cientistas estão estudando a doença sob vários aspectos, procurando entender desde seus aspectos genéticos até os populacionais, visando aprender mais sobre a doença. Métodos de avaliação por imagem da estrutura cerebral também prometem novas descobertas sobre a doença.

A ESQUIZOFRENIA É UMA DOENÇA

A esquizofrenia ocorre no mundo todo. A gravidade dos sintomas e o padrão de duração crônica comumente levam a algum grau de incapacitação. Os medicamentos e as intervenções terapêuticas e de apoio, quando seguidos com regularidade, podem ajudar a diminuir e controlar os sintomas que trazem tanto sofrimento. Entretanto, algumas pessoas não têm acesso ao tratamento, outras não melhoram muito com os tratamentos disponíveis, ou abandonam o tratamento por falta de orientação e apoio adequados. Há ainda aquelas que param de tomar os medicamentos por causa de seus efeitos colaterais desagradáveis ou por outras razões. Mesmo quando o tratamento é eficaz, existem conseqüências da doença que persistem – a perda de oportunidades, o preconceito, os sintomas residuais, efeitos colaterais de certos medicamentos – tudo isso pode trazer muito sofrimento e tornar a vida difícil para essas pessoas.
Os primeiros sinais da esquizofrenia aparecem em geral sob a forma de mudanças graduais ou repentinas, às vezes chocantes, do comportamento. Lidar com os sintomas da doença pode ser particularmente difícil para os familiares que não entendem como a pessoa mudou de maneira tão radical o seu jeito de ser. O início repentino dos sintomas psicóticos graves é chamado de fase “aguda” da doença. A “psicose” ou “surto”, uma condição comum na esquizofrenia, é um estado de alteração mental caracterizado pelas alucinações, que são distúrbios da percepção sensorial, e/ou delírios, que são crenças falsas, resultantes de uma impossibilidade da pessoa de distinguir experiências reais das imaginárias. Sintomas menos evidentes, como isolamento e retraimento social, e fala ou comportamento estranhos ou desorganizados, podem preceder, acompanhar ou vir depois do aparecimento dos sintomas psicóticos.
Algumas pessoas têm somente um episódio (ou surto) psicótico; outras têm vários, mas conseguem levar uma vida relativamente normal durante os períodos entre as crises. Entretanto, aqueles com uma evolução crônica da doença, que sofrem continuamente ou com crises sucessivas, mal controladas, em geral não recuperam um funcionamento normal e necessitarão de tratamento e acompanhamento a longo prazo, incluindo a medicação para controlar os sintomas.

Diagnosticando a esquizofrenia
Para diagnosticar a esquizofrenia é importante descartar outras doenças, pois às vezes os sintomas psicóticos ou confusionais podem ser motivados por outras condições. Além disso, o abuso de certas drogas pode provocar sintomas semelhantes ao da esquizofrenia. Por esse motivo, a avaliação médica, o exame físico e exames laboratoriais devem ser feitos para afastar outras causas possíveis dos sintomas antes de se concluir que a pessoa tem esquizofrenia. Às vezes, é difícil diferenciar uma doença mental de outra. Por exemplo, algumas pessoas com sintomas da esquizofrenia apresentam alterações de humor (depressão ou euforia) muito marcantes, sendo importante determinar se a pessoa tem mesmo esquizofrenia ou um transtorno depressivo ou bipolar. Algumas pessoas cujos sintomas não podem ser claramente categorizados, ou que apresentam sintomas mistos (psicóticos e de alteração de humor), podem ser diagnosticadas como tendo um “transtorno esquizoafetivo”.

Crianças podem ter esquizofrenia?
Crianças com idade superior a cinco anos podem desenvolver esquizofrenia, mas a doença raramente aparece antes da adolescência. Embora algumas pessoas que mais tarde desenvolvem a esquizofrenia possam ter parecido “diferentes” de outras crianças na infância, os sintomas psicóticos – alucinações e delírios – são extremamente incomuns antes da adolescência.
http://www.abpcomunidade.org.br/informese/exibir/?id=25
(continua)

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