REALIDADE
Djanira Silva
Livros, sapatos, roupas espalhadas
Da porta da cozinha até o portão
Sobre as camas toalhas encharcadas
Marcas de pés molhados, pelo chão
Todas as salas são desarrumadas
A mãe impaciente ralha, em vão
Crianças correm rindo às gargalhadas
Sem darem ouvidos à reclamação
Passado o tempo a casa se esvazia
E a mãe sente saudade a cada dia
Daquela antiga desarrumação
Convive com a dor da realidade
Nas cadeiras vazias a saudade
Casa arrumada pela solidão.
domingo, dezembro 14, 2008
REALIDADE. Djanira Silva. Poesia.
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