Pesquisar este blog

quarta-feira, julho 09, 2008

HUMILIS
Germain Nouveau

Irmão, ó doce mendigo que cantas em pleno vento,
Ama-te como o ar do céu que ama o vento.

Irmão, que empurras os bois pelos montes de terra,
Ama-te como nos campos a gleba ama a terra.

Irmão, que fazes o vinho do sangue das uvas de ouro,
Ama-te como uma cepa que ama seus cachos de ouro.

Irmão, que fazes o pão, casca dourada e miolo,
Ama-te como no forno a casca ama o miolo.

Irmão, que fazes o hábito, alegre tecelão de pano,
Ama-te como em si a lã ama o pano.

Irmão, cujo barco fende o azul-verde das ondas,
Ama-te como no mar as marés amam as ondas.

Irmão, alaudista, alegre casador de sons,
Ama-te como sentimos a corda amar os sons.

Mas em Deus, irmão, sabe amar como a ti mesmo.
Teu irmão, e, quem quer que seja, que ele seja como ti mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário