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quarta-feira, junho 25, 2008

CATINGAGOURENTA. Charles Fonseca. Poesia.

CATINGAGOURENTA
Charles Fonseca

A alma tão delicada
Da pomba arribaçã
Carcará ou então cauã
Virou na terra queimada

Minha cabra cabriola
Seu olhar doce carneiro
Mais que bode de terreiro
Agora conta lorota

Até doce sabiá
Junto ao canário inocência
Agoura maledicência
Crocita quem sabe lá?

Ai, meu Deus o tico-tico
O cardeal de coleira
Até a rola ligeira
Gavião já é com bico

Eu então dessa caatinga
Vou-me embora fico não
Adeus meu velho sertão
Subo serra, morro acima.


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