ELES SE FORAM
Charles Fonseca
E ela em seu leito a fenecer
E eu a girar mundo aturdido.
E nós que ela gerou, de olhar perdido,
Sem mais poder até o adeus dizer.
Da vida que nos deu se despedia.
A morte em seu encalço e ela afundava
No sono eterno que a despertava
A estar com o Mestre amado, o seu guia.
Assim de nós se foi mãe Eroildes,
Órfãos ficamos nós com o sábio pai.
Dos filhos logo um lhe foi atrás,
De nome igual ao pai, foi-se Ataíde.
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sexta-feira, maio 09, 2008
ELES SE FORAM. Charles Fonseca
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Visitei seu blog e achei muito bom. Matérias excelentes, fotografias belíssimas. Além de tudo a idéia e a finalidade de divulgar cultura e conhecimentos de modo geral. Os poemas são belos. Parabéns. Envio-lhe um poema que fiz ao qual chamei realidade mas que bem se encaixa no dia das mães. Se puder visite meu blog. Se não, a amizade é a mesma. Um abraço Djanira Silva
ResponderExcluirREALIDADE
Livros, sapatos, roupas espalhadas
Da porta da cozinha até o portão
Sobre as camas toalhas encharcadas
Marcas de pés molhados, pelo chão
Todas as salas são desarrumadas
A mãe impaciente ralha, em vão
Crianças correm rindo às gargalhadas
Sem darem ouvidos à reclamação
Passado o tempo a casa se esvazia
E a mãe sente saudade a cada dia
Daquela antiga desarrumação
Convive com a dor da realidade
Nas cadeiras vazias a saudade
Casa arrumada pela solidão
blogdjanirasilva.blogspot.com
Oi Djanira,
ResponderExcluirObrigado pelo comentário vindo de tão preciosa fonte. Peço sua autorização para editar seu soneto no meu blog.
Volte sempre ao mesmo.
Abraço,
Charles.