SONETO DA FELICIDADE
Odylo Costa, filho
Não receies, amor, que nos divida 
um dia a treva de outro mundo, pois 
somos um só, que não se faz em dois 
nem pode a morte o que não pode a vida. 
 
A dor não foi em nós terra caída 
que de repente afoga mas depois 
cede à força das águas. Deus dispôs
que ela nos encharcasse indissolvida. 
 
Molhamos nosso pão quotidiano 
na vontade de Deus, aceita e clara, 
que nos fazia para sempre num. 
 
E de tal forma o próprio ser humano 
mudou-se em nós que nada mais separa 
o que era dois e hoje é apenas um.
segunda-feira, agosto 27, 2007
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