Charles Fonseca
Tu és como água mansinha
Que corres beirando o mato
Querendo ser rio és riacho
E acho que voltas chuvinha.
Quando chegares aos mares
Após seres caudalosa
Desprezastes minhas rosas,
As origens, teus amares.
Quando tu voltares chuva
Talvez só fino orvalho
Quem sabe sob este carvalho
Que te deu sombra vetusta
Encontres só as lembranças
Do que se foi, não mais volta,
Enquanto aqui abro a porta
Do coração às esperanças.

Nenhum comentário:
Postar um comentário