segunda-feira, abril 02, 2007
Sua magestade o bebê. Freud. Psicanálise
“Existe, pois, uma compulsão a atribuir à criança todas as perfeições... A criança terá uma vida melhor que a de seus pais, não será submetida às necessidades que estes sabem ser as dominantes na vida. Doença, morte, renúncias ao gozo, restrições à sua vontade perdem a validade em se tratando da criança, as leis da natureza assim como as da sociedade ficam suspensas diante dela, que volta a ser o centro e o âmago da criação. (...) A criança é quem vai realizar os sonhos de desejo que os pais não puderam concretizar, será um grande homem, um herói em lugar do pai, desposará um príncipe, recompensa tardia para a mãe. O ponto mais dificultoso do sistema narcísico, essa imortalidade do ego que a realidade ataca sistematicamente, encontrou um lugar seguro quando se refugiou na criança. O amor dos pais, tão comovente e, no fundo, tão infantil, nada mais é do que seu narcisismo que acaba de renascer.” Freud.
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Majestade e não magestade, é com J!
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