O POETA PEDE A SEU AMOR QUE LHE ESCREVA
Frederico Garcia Lorca
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de mordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
terça-feira, fevereiro 13, 2007
O poeta pede a seu amor que lhe escreva. Frederico Garcia Lorca. Poesia
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Sempre o bom gosto nas escolhas, Charles,
ResponderExcluirobrigada por compartilhar conosco esses seus preciosos achados!
Sonya.