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domingo, dezembro 31, 2006

Canção da janela aberta. Mário Quintana

CANÇÃO DA JANELA ABERTA
Mário Quintana

Passa nuvem, passa estrela,
Passa a lua na janela...
Sem mais cuidados na terra,
Preguei meus olhos no Céu.

E o meu quarto, pela noite
Imensa e triste, navega...
Deito-me ao fundo do barco,
Sob os silêncios do Céu.

Adeus, Cidade Maldita,
Que lá se vai o teu Poeta.
Adeus para sempre, Amigos...
Vou sepultar-me no Céu!

Um comentário:

  1. Quintana é poeta do simples. E do profundo. Ao sepultar-se poeta, ele vira estrela no firmamento da poesia brasileira.

    JB ALencastro

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