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sexta-feira, setembro 30, 2011

O QUERERES
Caetano Veloso

Onde queres revólver sou coqueiro, onde queres dinheiro sou paixão
Onde queres descanso sou desejo, e onde sou só desejo queres não
E onde não queres nada, nada falta, e onde voas bem alta eu sou o chão
E onde pisas no chão minha alma salta, e ganha liberdade na amplidão

Onde queres família sou maluco, e onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon sou Pernambuco, e onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez, onde vês eu não vislumbro razão
Onde queres o lobo eu sou o irmão, e onde queres cowboy eu sou chinês

Ah, bruta flor do querer, ah, bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato eu sou o espírito, e onde queres ternura eu sou tesão
Onde queres o livre decassílabo, e onde buscas o anjo eu sou mulher
Onde queres prazer sou o que dói, e onde queres tortura, mansidão
Onde queres o lar, revolução, e onde queres bandido eu sou o herói

Eu queria querer-te e amar o amor, construírmos dulcíssima prisão
E encontrar a mais justa adequação, tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e de viés, e vê só que cilada o amor me armou
E te quero e não queres como sou, não te quero e não queres como és

Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock'nroll
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inseticídeo
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres coqueiro eu sou obus

O quereres e o estares sempre a fim do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal, bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal, e eu querendo querer-te sem ter fim
E querendo te aprender o total do querer que há e do que não há em mim

Ai, velho casarão...


Ai, velho casarão!, upload feito originalmente por Charles Fonseca.
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MITOLOGIA
Hades, o deus do mundo dos mortos


Hades (Άδης em grego), filho de Cronos e de Réia, irmão de Zeus e Posídon. Segundo a lenda, o poder de Hades, Zeus e Posídon era equivalente. Hades era um deus de poucas palavras e seu nome inspirava tanto medo que as pessoas procuravam não o pronunciar. Era descrito como austero e impiedoso, insensível a preces ou sacrifícios, intimidativo e distante.

Invocava-se Hades geralmente por meio de eufemismos, como Clímeno (o Ilustre) ou Eubuleu (o que dá bons conselhos). Seu nome significa, em grego, o Invisível, e era geralmente representado com o elmo mágico que lhe dava essa habilidade, que ele ganhou dos ciclopes quando participou da titanomaquia contra os titãs. No fim da luta contra os titãs, vencidos os adversários, Zeus, Posídon e Hades partilharam entre si o universo, Zeus ficou com o céu, e a terra, Posídon ficou com os mares e Hades tornou-se o deus do inferno e das riquezas.

Como reinava sobre os mortos, Hades era ajudado por outras divindades, que serão mais tarde citadas. O nome Plutão "o rico" (pois era dono das riquezas do subsolo) ou "o distribuidor de riqueza", que se tornou corrente na religião romana, era também empregado pelos gregos, e apresentava um lado bom, pois era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes e favorecia a produtividade dos campos. Como divindade agrícola, seu nome estava ligado a Deméter e junto com ela era celebrado nos Mistérios de Elêusis que eram os ritos comemorativos da fertilidade, das colheitas e das estações. Hades teve uma amante cujo nome era Mente, que foi transformada por Perséfone em uma planta, hoje chamada de menta. Teve também outra amante, Leuce, porém antes do rapto de sua esposa.

Era também conhecido como o Hospitaleiro, pois sempre havia lugar para mais uma alma no seu reino. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, Hades não é o deus da morte, mas sim do pós-morte. Apenas Ares e Cronos estão relacionados com a prática da morte. Assim, Hades não é inimigo da humanidade, como o são Ares e Cronos. O deus raramente deixava seu mundo e não se envolvia em assuntos terrestres ou olímpicos. Deixou o seu reino apenas duas vezes; uma para raptar Perséfone, a quem tomou como esposa e outra para curar-se, no Olimpo, de uma ferida provocada por Heracles (Hércules).
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quinta-feira, setembro 29, 2011

O galo e o diamante. Um galo andava ciscando em um monturo (monte de lixo) à cata de vermes ou migalhas para comer. Encontrou um diamante, e exclamou: “Ah se eu encontrasse um lapidador! Porém, isso não me vale nada. Antes um grão de milho ou algum bichinho…”. Disse isso e continuou buscando seu parco e escasso alimento. (Esopo)
ANSALDO, Giovanni Andrea. Pintor italiano. Barroco. (1584 - 1638)
ANTES QUE APAGUES O TEU BRILHO
Verlaine

Antes que apagues teu brilho,
nívea estrela matutina,
(no tomilho
a codorniz trina, trina!)

volve ao poeta, cujo olhar
o amor cegou como um véu,
(com o dealbar,
sobe a cotovia ao céu!)


teu olhar, que se diria
banhado na luz da aurora,
(que alegria
vai pelos trigais em fora!)


e leva o meu pensamento,
longe, além, lá, bem distante,
(com o relento
o feno ficou brilhante!)


no almo sonho em que não cessa
de se embalar o meu bem,
(mas depressa,
que o sol dourado já vem!).
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quarta-feira, setembro 28, 2011

AOS POUCOS
Charles Fonseca

Aos poucos, deixo de sentir saudade
Pouco a pouco meu peito se esvazia
De esperar por algo que eu não via
E só agora vejo ao fim da tarde.

Aos poucos, o olhar encandeado
Por luzes reflexas da cor do ouro
Liberto fica do que foi desdouro
Do dito, do não dito, recalcado.

 Aos poucos eis que já o dia finda,
Deixo de ver o sol já no poente.
Mas tantos sóis agora reluzentes
Cintilam no meu céu, na alma minha!
Salmos, 103 1. [ De Davi. ] Minha alma, bendize o SENHOR e tudo o que há em mim, o seu santo nome! 2. Minha alma, bendize o SENHOR, e não esqueças nenhum de seus benefícios. 3. § É ele quem perdoa todas as tuas culpas, que cura todas as tuas doenças; 4. é ele, que salva tua vida do fosso, e te coroa com sua bondade e sua misericórdia; 5. é ele que pela vida afora te cumula de bens; tua juventude se renova como a da águia. 6. § O SENHOR age com retidão, faz justiça a todos os oprimidos; 7. revelou a Moisés seus caminhos, suas grandes obras aos filhos de Israel. 8. § O SENHOR é misericordioso e compassivo, lento para a cólera e rico em bondade. 9. Não estará em demanda para sempre, e não dura eternamente sua ira. 10. Não nos trata conforme nossos pecados, não nos castiga conforme nossas culpas. 11. § Pois quanto é alto o céu sobre a terra tanto prevalece sua bondade para com os que o temem. 12. Quando é distante o oriente do ocidente, tanto ele afasta de nós nossas culpas. 13. Como um pai se compadece dos filhos, o SENHOR se compadece dos que o temem. 14. § Pois ele sabe de que somos feitos: sabe que não somos mais que pó. 15. Como a erva são os dias do homem, ele floresce como a flor do campo; 16. basta que sopre o vento, desaparece, e o lugar que ocupava não voltará a vê-la. 17. § Mas a bondade do SENHOR desde sempre e para sempre é para os que o temem, e sua justiça para os filhos dos filhos, 18. para os que guardam sua aliança e se lembram de observar seus preceitos. 19. O SENHOR estabeleceu seu trono nos céus; seu império se estende sobre o universo. 20. § Bendizei o SENHOR, vós, seus anjos, heróis fortes que executais suas ordens, obedecendo sua palavra! 21. Bendizei o SENHOR, vós, todos seus exércitos que o servis e executais suas vontades! 22. Bendizei o SENHOR, vós, todas suas obras, em todos os lugares onde ele domina! Minha alma, bendize o SENHOR!
Escultura, Fotografia, Literatura, Musica, Pintura, etc.


I. Paisagem do Capibaribe



A cidade é passada pelo rio

como uma rua

é passada por um cachorro;

uma fruta

por uma espada.



O rio ora lembrava

a língua mansa de um cão,

ora o ventre triste de um cão,

ora o outro rio

de aquoso pano sujo

dos olhos de um cão.



Aquele rio

era como um cão sem plumas.

Nada sabia da chuva azul,

da fonte cor-de-rosa,

da água do copo de água,

da água de cântaro,

dos peixes de água,

da brisa na água.



Sabia dos caranguejos

de lodo e ferrugem.

Sabia da lama

como de uma mucosa.

Devia saber dos polvos.

Sabia seguramente

da mulher febril que habita as ostras.



Aquele rio

jamais se abre aos peixes,

ao brilho,

à inquietação de faca

que há nos peixes.

Jamais se abre em peixes.



Abre-se em flores

pobres e negras

como negros.

Abre-se numa flora

suja e mais mendiga

como são os mendigos negros.

Abre-se em mangues

de folhas duras e crespos

como um negro.



Liso como o ventre

de uma cadela fecunda,

o rio cresce

sem nunca explodir.

Tem, o rio,

um parto fluente e invertebrado

como o de uma cadela.



E jamais o vi ferver

(como ferve

o pão que fermenta).

Em silêncio,

o rio carrega sua fecundidade pobre,

grávido de terra negra.



Em silêncio se dá:

em capas de terra negra,

em botinas ou luvas de terra negra

para o pé ou a mão

que mergulha.



Como às vezes

passa com os cães,

parecia o rio estagnar-se.

Suas águas fluíam então

mais densas e mornas;

fluíam com as ondas

densas e mornas

de uma cobra.



Ele tinha algo, então,

da estagnação de um louco.

Algo da estagnação

do hospital, da penitenciária, dos asilos,

da vida suja e abafada

(de roupa suja e abafada)

por onde se veio arrastando.



Algo da estagnação

dos palácios cariados,

comidos

de mofo e erva-de-passarinho.

Algo da estagnação

das árvores obesas

pingando os mil açúcares

das salas de jantar pernambucanas,

por onde se veio arrastando.



(É nelas,

mas de costas para o rio,

que "as grandes famílias espirituais" da cidade

chocam os ovos gordos

de sua prosa.

Na paz redonda das cozinhas,

ei-las a revolver viciosamente

seus caldeirões

de preguiça viscosa).



Seria a água daquele rio

fruta de alguma árvore?

Por que parecia aquela

uma água madura?

Por que sobre ela, sempre,

como que iam pousar moscas?



Aquele rio

saltou alegre em alguma parte?

Foi canção ou fonte

Em alguma parte?

Por que então seus olhos

vinham pintados de azul

nos mapas?

terça-feira, setembro 27, 2011

Como escrever 
Graciliano Ramos

 “Quem escreve deve ter todo cuidado para a coisa não sair molhada. Quero dizer que da página que foi escrita não deve pingar nenhuma palavra, a não ser as desnecessárias. É como pano lavado que se estira no varal. Naquela maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lava. Molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Depois colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Depois batem o pano na laje ou na pedra limpa e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso, a palavra foi feita para dizer”.
ANGUISSOLA, Lucia. Barroco. Pintora italiana. (1538 - 1565).
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"Barroco é o nome dado ao estilo artístico que floresceu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália, difundindo-se em seguida pelos países católicos da Europa e da América, antes de atingir, em uma forma modificada, as áreas protestantes e alguns pontos do Oriente. Considerado como o estilo correspondente ao absolutismo e à Contra-Reforma, distingue-se pelo esplendor exuberante. De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de um profundo interesse pela arte da Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente, o que teria resultado em diferenças na expressão artística de cada período. Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, austeridade, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e realismo e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual. Mas nem sempre essas características são evidentes ou se apresentam todas ao mesmo tempo. Houve uma grande variedade de abordagens estilísticas, que foram englobadas sob a denominação genérica de "arte barroca", com certas escolas mais próximas do classicismo renascentista e outras mais afastadas dele. As mudanças introduzidas pelo espírito barroco se originaram, pois, de um profundo respeito pelas conquistas das gerações anteriores, e de um desejo de superá-las com a criação de obras originais, dentro de um contexto social e cultural que já se havia modificado profundamente em relação ao período anterior.[1]"
(wikipedia)
A web paralela do Facebook
Clique: http://oglobo.globo.com/tecnologia/mat/2011/09/26/a-web-paralela-do-facebook-925451035.asp

SONETO. Mário de Andrade. Poesia

SONETO
Mário de Andrade

Aceitarás o amor como eu o encaro?...
...Azul bem leve, um nimbo, suavemente
Guarda-te a imagem, como um anteparo
Contra estes móveis de banal presente.

Tudo o que há de melhor e de mais raro
Vive em teu corpo nu de adolescente,
A perna assim jogada e o braço, o claro
Olhar preso no meu, perdidamente.

Não exijas mais nada. Não desejo
Também mais nada, só te olhar, enquanto
A realidade é simples, e isto apenas.

Que grandeza... A evasão total do pejo
Que nasce das imperfeições. O encanto
Que nasce das adorações serenas.
Cântico dos Cânticos, 3
1.Em meu leito, durante a noite, procurei o amado de minha alma. Procurei-o, e não o encontrei.
2.Vou, pois, levantar-me e percorrer a cidade, pelas ruas e pelas praças, procurando o amado de minha alma. Procurei-o, e não o encontrei.
3.Encontraram-me os guardas, que faziam a ronda pela cidade: “Acaso vistes, vós, o amado de minha alma?”
4.Pouco depois de ter passado por eles, encontrei, afinal, o amado de minha alma. Segurei-o e não o soltarei, até que o introduza na casa de minha mãe, no aposento daquela que me concebeu.
5.Eu vos conjuro, mulheres de Jerusalém, pelas corças e gazelas dos campos, que não desperteis nem façais acordar a amada, até que ela o queira.
6.Que é isto que sobe pelo deserto como leve coluna de fumaça, exalando incenso e mirra e toda espécie de pó aromático?
7.— É a liteira de Salomão! Rodeiam-no sessenta guerreiros dentre os mais valentes de Israel,
8.todos armados de espada e muito treinados para a guerra, cada um levando a espada sobre a coxa por causa dos temores noturnos.
9.O rei Salomão mandou fazer para si um palanquim de madeira do Líbano:
10.as colunas, mandou fazê-las de prata; o espaldar, de ouro e o assento, de púrpura; no seu interior, um estrado de ébano. Mulheres de Jerusalém,
11.saí para ver, mulheres de Sião, o rei Salomão com seu diadema: assim o coroou sua mãe no dia do seu casamento, dia da alegria do seu coração.
EM OUTRA
Charles Fonseca

Acordo e te bloqueio
Sonho e há tanto amor
Oh Deus, há tanta dor
Nos meus, nos olhos teus!

O mundo nos foi real
A vida só de viés
Em outra o que não és
Projeto e não há mal.

Nessa tomo em sinal
Teu bem que a mim não vem
Os sonhos dessa também
Vem-me, singular, plural.

segunda-feira, setembro 26, 2011

"a velhice é um período de perdas propício a novas conquistas"

Provérbios, 6

1.Meu filho, se ficaste fiador do teu amigo, prendeste a tua mão com um estranho;
2.com as palavras da tua boca te enredaste e ficaste preso por teus próprios discursos.
3.Faze, pois, filho, o que te digo e livra-te a ti mesmo, pois caíste nas mãos do teu próximo: corre de cá para lá, prostra-te, insiste com o amigo.
4.Não concedas o sono a teus olhos, nem descanso às tuas pálpebras!
5.Escapa da rede como a gazela, ou como a ave, da mão do passarinheiro.
6.Vai ter com a formiga, ó preguiçoso, observa seu proceder e dela aprende a Sabedoria.
7.Ela, embora não tenha chefe, nem vigilante, nem príncipe,
8.prepara seu alimento no verão e ajunta, no tempo da ceifa, a sua comida.
9.Até quando dormirás, ó preguiçoso? quando te levantarás do teu sono?
10.Dormes um pouco, outro pouco cochilas, um pouco cruzas os braços, para dormires…
11.e a indigência virá a ti como um andarilho e a miséria, como um homem armado.
12.É um iníquo, um ser inútil, o que anda com a falsidade na boca:
13.pisca os olhos, bate com o pé, faz sinais com os dedos,
14.trama perversidades em seu coração, maldade em todo o tempo, semeia discórdias…
15.Por isso, chegará de repente a sua perdição e de improviso ele ruirá, sem remédio.
16.Seis coisas detesta o SENHOR e uma sétima sua alma abomina:
17.olhos empinados, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,
18.coração que maquina projetos perversos, pés velozes para correrem ao mal,
19.a testemunha falsa, proferindo mentiras, e quem semeia a discórdia entre irmãos.
20.Meu filho, guarda os preceitos de teu pai e não rejeites a instrução de tua mãe.
21.Leva-os sempre atados ao teu coração, e pendurados ao teu pescoço.
22.Quando caminhares, te guiarão; quando dormires, te guardarão e, quando acordares, falarão contigo.
23.Pois o mandamento é uma lâmpada e a Lei uma luz, e caminho de vida é a lição da disciplina:
24.eles te preservarão da mulher perversa e da língua sedutora da estranha.
25.Não deseje a sua beleza o teu coração, nem te deixes prender com seus acenos,
26.pois o preço de uma prostituta é um pedaço de pão, enquanto a adúltera custa uma vida preciosa.
27.Acaso pode alguém esconder fogo consigo, sem que se queime a sua roupa?
28.Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem as plantas dos seus pés?
29.Assim é aquele que se achega à mulher do próximo: não ficará puro, quem quer que a toque.
30.Não se recrimina o ladrão, se roubou para matar a fome;
31.mesmo assim, se apanhado, restituirá sete vezes mais e entregará tudo o que possui.
32.Quem, porém, comete adultério, está louco: perde sua vida quem faz tal coisa.
33.Pois arranja surras e desonra para si, e sua infâmia não se apagará.
34.Pois o ciúme enfurece o marido, que não perdoará no dia da vingança:
35.não aceitará a expiação de ninguém nem receberá presentes, por maiores que sejam.
ELA
Charles Fonseca

Agora tenho namorada
Terna, doce e pequenina
Da meia idade e é menina
Sem vaidade, me quer, mais nada.

Olha-me terna, eu já sofrido
Longa foi minha caminhada
Gosto dela, outra jornada
Almejo ter. Ela comigo.
ANGUISSOLA, Sofonisba. Pintor italiano. Maneirismo. (1530 - 1625)
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Maneirismo Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Giambologna: O rapto da Sabina, 1582. Florença Maneirismo foi um estilo e um movimento artístico que se desenvolveu na Europa aproximadamente entre 1515 e 1600 [1] como uma revisão dos valores clássicos e naturalistas prestigiados pelo Humanismo renascentista e cristalizados na Alta Renascença. O Maneirismo é mais estudado em suas manifestações na pintura, escultura e arquitetura da Itália, onde se originou, mas teve impacto também sobre as outras artes e influenciou a cultura de praticamente todas as nações européias, deixando traços até nas suas colônias da América e no Oriente. Tem um perfil de difícil definição, mas em linhas gerais caracterizou-se pela deliberada sofisticação intelectualista, pela valorização da originalidade e das interpretações individuais, pelo dinamismo e complexidade de suas formas, e pelo artificialismo no tratamento dos seus temas, a fim de se conseguir maior emoção, elegância, poder ou tensão. É marcado pela contradição e o conflito e assumiu na vasta área em que se manifestou variadas feições.[2]
Evangelho
Lc:9,46-50

46.Veio-lhes então o pensamento de qual deles seria o maior.
47.Penetrando Jesus nos pensamentos de seus corações, tomou um menino, colocou-o junto de si e disse-lhes:
48.Todo o que recebe este menino em meu nome, a mim é que recebe; e quem recebe a mim, recebe aquele que me enviou; pois quem dentre vós for o menor, esse será grande.
49.João tomou a palavra e disse: Mestre, vimos um homem que expelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos.
50.Mas Jesus lhe disse: Não lho proibais; porque, o que não é contra vós, é a vosso favor.

domingo, setembro 25, 2011

Público do blog
Sua garage no futuro...
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Pra que serve a poesia?


O NAVEGANTE
Charles Fonseca

Já pagou a sua pena, já não tem dela desejo
Jaz nele dela ter pena, já curtiu o seu degredo
Naufragaram as ilusões, foi a fundo a teimosia
De chorar aos borbotões, navegar maré vazia
Sonhos ficaram à distancia, curtiu sozinho sua dor
Ficaram marcas, alcança na outra margem o amor.
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Do “ACENDEDOR DOS SETE CANDEEIROS”



Reconcilia-te com todas as coisas do céu da terra. Quando se efetivar a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra, tudo será teu amigo. Quando todo o Universo se tornar teu amigo, coisa alguma do Universo poderá causar-te dano. Se és ferido por algo ou se és atingido por micróbios ou espíritos baixos, é prova de que não estás reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Reflexiona e reconcilia-te. Esta é a razão por que te ensinei, outrora, que era necessário te reconciliares com teus irmãos antes de trazeres oferenda ao altar. Dentre os teus irmãos, os mais importantes são teus pais. Mesmo que agradeças a Deus, se não consegues, porém, agradecer a teus pais, não estás em conformidade com a vontade de Deus. Reconciliar-se com toda a coisas do Universo significa agradecer a todas coisas do Universo. A reconciliação verdadeira não é obtida nem pela tolerância nem pela condescendência mútua. Ser tolerante ou ser condescendente não significa estar em harmonia do fundo do coração. A reconciliação verdadeira será consolidada quando houver recíproco agradecer. Mesmo que agradeça a Deus, aquele que não agradece as coisas do céu e da terra não consolida a reconciliação com todas as coisas do céu e da terra. Não havendo a reconciliação com todas as coisas do Universo, mesmo que Deus queira te auxiliar, as vibrações mentais de discordia não te permitem captar as ondas da salvação de Deus. Agradece à Pátria. Agradece a teu pai e a tua mãe. Agradece a teu marido ou a tua mulher. Agradece a teus filhos. Agradece a teus criados. Agradece a todas as pessoas. Agradece a todas as coisas do céu e da terra. Somente dentro desse sentimento de gratidão é que poderás ver-Me e receber a Minha salvação. Como sou o Todo de tudo, estarei somente dentro daquele que estiver reconciliado com todas as coisas do céu e da terra. Não sou presença que possa ser vista aqui ou acolá. Por isso não me incorporo em médiuns. Não penses que, chamando por Deus através de um médium, Deus possa Se revelar. Se queres chamar-Me, reconcilia-te com todas as coisas do céu e da terra e chama por Mim. Porque sou Amor, ao te reconciliares com todas as coisas do céu e da terra, aí, então, Me revelarei.
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Ao entardecer


Ao entardecer, upload feito originalmente por Charles Fonseca.
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sábado, setembro 24, 2011

NEM NO MAR, NEM NA TERRA
Charles Fonseca

Colhi em mares bravios
Duas conchas, dentro pérolas.
Hoje restam cascos vazios,
Sem núcleo, onde estão elas?

Será que em colos cintilam?
Ou em alianças ou brincos?
Por acaso ornam cintos?
Ou será que nos céus brilham?
Basta digitar o nome do remédio desejado no site abaixo, e você terá  também os genéricos e os similares de todas as marcas, com os respectivos  preços em todo o Território Nacional.
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TRÊS QUARTOS
Charles Fonseca

Foi-se de mim três quartos do afeto
Durmo sozinho em dois quartos, com efeito
Resta um quarto, três quartos é defeito?
Quero um meio de tê-la num quarto

Pouco é o que quero, não quero só um quarto
Quero a metade só ela completa
Ela, incerta, não quer um poeta
Confesso, por ela mudo de quarto.
 
 ANGERMAYER, Johann Adalbert. Barroco.1674 - 1740. Clique na imagem

Promotor anuncia intervenção da ANS para fazer cumprir a resolução 71
O promotor do Ministério Público Estadual, Roberto Gomes, que participou do debate sobre "Mercantilização da Saúde", dia 21 na ABM, anunciou que, em recente reunião com a Agência Nacional de Saúde (ANS), foi informado de que a Bahia é o próximo estado a ter uma intervenção regulatória da ANS. Segundo Gomes, o objetivo é forçar o cumprimento da Resolução 71, que determina a contratualização dos médicos pelos planos de saúde, com o consequente estabelecimento de critérios e prazos de reajustes de honorários e da lista de procedimentos (CBHPM). A ação da ANS deve se iniciar num prazo de 15 dias.
TECENDO A MANHÃ
João Cabral de Melo Neto.

1. Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.

De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

2. E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.

A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

sexta-feira, setembro 23, 2011


Em Chapecó.
LIVRE!
João da Cruz e Sousa

Livre! Ser livre da materia escrava,
Arrancar os grilhões que nos flagelam
E livre, penetrar nos Dons que selam
A alma e lhe emprestam toda a etérea lava.

Livre da humana, da terrestre bava
Dos corações daninhos que regelam
Quando os nossos sentidos se rebelam
Contra a Infâmia bifronte que deprava.

Livre! bem livre para andar mais puro,
Mais junto à Natureza e mais seguro
Do seu amor, de todas as justiças.

Livre! para sentir a Natureza,
Para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.

QUANDO O AMOR VAI EMBORA
Charles Fonseca

Quando ela foi embora
Fiquei só com a minha dor
Quero achar um novo amor
Neste duro mundo afora

Oh, silêncio que me mata
Oh, não dito que devora
Oh, descrença que me arvora
Matastes um amor sem jaça

Oh, tempo cobre em poeira
Cobre a dor de uma amizade
Trincada pra sempre, apague,
Este amar por vez primeira!
Parque Lage. Rio  de Janeiro. Clique na imagem.

O macaco e a raposa
 Uma raposa tinha um rabo tão comprido e peludo, o qual andava sempre caído, sem graça, arrastando e varrendo o chão. Um macaquinho, que tinha uma cauda tão pelada, andava sempre triste e abatido, disse:
  Camarada raposa, você pode me ajudar. Dê-me o que sobra de sua cauda para suprir o que me falta; assim eu fico feliz com uma cauda bonita e você ficará mais elegante e mais leve.
— Prefiro ter a minha cauda assim mesmo pesada e arrastando, do que dar-lhe uma parte. Cada um com o que é seu, cada um por si, disse a raposa.
(Esopo)
Link do dia
Clique: http://blog.kanitz.com.br/2011/09/e-se-a-rela%C3%A7%C3%A3o-dividapib-ultrapassar-100-estaremos-fritos-.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+stephen_kanitz+%28Stephen+Kanitz+the+blog%29
Ilhas Maldivas

quinta-feira, setembro 22, 2011


BUILLYING  


Criança atira contra professora no ABC paulista
Um menino de 10 anos atirou contra uma professora dentro da sala de aula na Escola Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista, por volta das 15h30 desta quinta-feira. No momento dos disparos, havia 25 alunos no local.

Segundo a Prefeitura da cidade, David Mota Nogueira, aluno do 4º ano C, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, e, em seguida, ele se retirou da sala e atirou na própria cabeça.

O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, na Avenida Keneddy, em São Caetano. Ele sofreu duas paradas cardíacas e morreu por volta das 16h50. A professora foi socorrida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dela.

Alvo de gozação

David sofria bullying pelo fato de ser manco, segundo informações do Diário do Grande ABC. "O pessoal da sala dele zoava muito com a deficiência", disse Cayan de Castro Amorim, 14, aluno da escola, em entrevista ao jornal. 

http://br.noticias.yahoo.com/crian%C3%A7a-atira-professora-abc-paulista-204500450.html

"Conhece-te a ti mesmo mas não fique íntimo."
Túmulo de Julio II. Clique na imagem.
Link do dia.
Clique: http://www.youtube.com/watch_popup?v=6Cf7IL_eZ38&vq=medium
ACARAJÉ
Charles Fonseca


Do perfume tabuleiro
Cheiro a mim sobe, mulher,
Do teu sorriso matreiro
Dás um gosto pois que é


Um tanto apimentado
Mistura feijão fradinho
Azeite dendê não pouquinho
Carurú vens do quiabo


´Inda mais que tu lhe dás
Do aroma camarão
Que seco molhas ao pão
Ai, que cheiro vatapás


Do caju pões a castanha
Também leite sabor coco
Tu lhe dás pra muita chama
Amendoim em reforço.


Zeus. Clique na imagem

quarta-feira, setembro 21, 2011

AUTOCONFIANÇA
"Não existe carro que eu não roube. Motor não tem vontade própria e
não ama o dono. Se você der energia e combustível, ele vai andar".



Prezados amigos do Instituto da Família,

Estou enviando, em anexo, a Programação, bem como a ficha de inscrição, do II Congresso Teológico Internacional, que acontecerá em Salvador, de 5 a 8 de outubro deste ano, em comemoração aos 30 anos daFamiliaris Consortio.
Entre os conferencistas estarão presentes os dois nomes do Vaticano mais importantes na área de família: Mons. Lívio Melina – Presidente do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família – Sede Central e Mons. Jean Laffitte – Secretário do Pontifício Conselho para a Família, além do Cardeal Dom Odilo Pedro Cardeal Scherer – Arcebispo de São Paulo-SP.
Você é nosso convidado! Esteja a vontade para convidar outras pessoas do seu relacionamento que se interessam ou trabalham na área de família.
Em Cristo,
Dom João Carlos Petrini
Presidente da Comissão Episcopal Família e Vida da CNBB
Diretor do Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre Matrimônio e Família



Panfleto.jpg
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SALVO A DOR
Charles Fonseca


Uma vela bruxuleia
Um barco arria a vela
Onde o mar em praia bela
Beija a praia e morre areia


Barco encosta o pescador
Num soluço de saudade
O vazio sua alma invade
Só o mar lhe salva a dor


De amar vivos que mortos
Tão perto de portos longe
Vagos beijos sobram onde
Batem vagas, ais, destroços.





 
Jornal Costa da Lagoa. Ano 3. Número 27. Clique na imagem
 


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Freud

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Na Bahia é assim:
Clique: http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2011/09/20/pistoleiro-forja-crime-com-ketchup-e-descoberto-apos-namoro-com-vitima-na-bahia-925404102.asp
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 Angeluccio. Pintor italiano. 1620 - 1650. Barroco.

Salmos, 1

1.Feliz quem não segue o conselho dos maus, não anda pelo caminho dos pecadores nem toma parte nas reuniões dos zombadores,
2.mas na lei do SENHOR encontra sua alegria e nela medita dia e noite.
3.§ Ele será como uma árvore plantada à beira de um riacho, que dá fruto no devido tempo; suas folhas nunca murcham; e em tudo quanto faz sempre tem êxito.
4.§ Os maus, porém, não são assim; são como a palha carregada pelo vento.
5.Por isso não poderão enfrentar o julgamento e os pecadores não têm vez na reunião dos justos.
6.§ Pois o SENHOR protege a caminhada dos justos, mas o caminho dos maus leva à desgraça.

terça-feira, setembro 20, 2011

Elis Regina O Bebado e A Equilibrista

OS BEIJOS QUE NÃO TE DEI
Charles Fonseca

Os beijos, oh mãe, que não te dei em vida
São beijos contidos, parados no ar,
Contigo levaste os mesmos pro lar
Celeste, na alma, teu corpo em partida.

Os beijos, mãe, que não me deste, sortidos,
Dos tantos que tu me deste correndo,
São meus, os tenho em minha alma vivendo
Dias no aquém, no além os quero colhidos.

Baco
ANGELICO, Fra. Pintor italiano, Renascença. 1400 - 1455. Clique na imagem.