Gostava da caninha. Certa vez o visitei em sua cidade a 109 km de onde eu morava. Numa rodada de afazeres parou em parte da manhã três vezes para uma dose de cachaça. E pôs para mim uma dose a cada parada nos botecos. Acanhado bebi as três doses companheiras. A minha cabeça a girar, uma dormência no pescoço. E ele ria. Soube que se queixou entre doses de pinga ou cerveja de ter sido deixado para trás quando a família mudou de cidade. Ficou na casa de uma família amiga durante seis anos. Também com hálito etílico e a chorar soube que pediu aos seus filhos que não abandonassem por sua ausência seu irmão caçula doente mental. Doutra vez propôs me financiar numa fase amarga de minha vida desde que eu abandonasse minha mulher. Enfim com a voz pastosa se despediu do pai e veio até onde estava sua esposa e filhos após saber que vizinho foi morto a pouco com um tiro na testa. Era noite. Bateu o carro no pilar da ponte e faleceu.
domingo, dezembro 22, 2024
A SAUDADE É DOR PUNGENTE
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