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terça-feira, junho 26, 2007

OS CISNES
Julio Salusse

A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul sem ondas, sem espumas,

Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinais, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas.

Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a água se tisne,

Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sozinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne!

4 comentários:

  1. PACTO DAS ALMAS (I): PARA SEMPRE!

    Ah! para sempre! para sempre! Agora
    Não nos separaremos nem um dia...
    Nunca mais, nunca mais, nesta harmoia
    Das nossas almas de divina aurora.

    A voz do céu pode vibrar sonora
    Ou do Inferno a sinistra sinfonia,
    Que num fundo de astral melancolia
    Minh'alma com a tu'alma goza e chora.

    Para sempre está feito o augusto pacto!
    Cegos serenos do celeste tacto,
    Do Sonho envoltas na estrelada rede.

    E perdidas, perdidas no Infinito
    As nossas almas, no Clarão bendito,
    Hão de enfim saciar toda esta sede...

    (Cruz e Souza - 12/10/1897)

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  2. Lindi,lindo,mas profundamente triste. Cristina

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  3. Obrigado. Experimentem Voltar a visitar o blog. É com prazer que os acolho.
    Charles.

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  4. Olá Dr.Charles, não sei me expressar muito, não tenho muito tempo para internet, poérem sempre que o possível estou lendo alguns poemas.Amei "OS CISNES".
    Parabéns ao César pelo poema ..
    felicidades.

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