sábado, novembro 15, 2025

DALILA TELES VERAS

 VI


o rubicão ali está e precisa ser atravessado

na margem a poeta e seu pálido poema hesitam


diante do incontornável ponto sem retorno

funda-se o gesto destemido e ação determinante


antes do mergulho


cantarola uma canção para embalar utopias

e braços flácidos nada e afunda nada e afunda

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