quinta-feira, julho 10, 2025

MEUS VINTE ANOS

Lagoa do algodão era seca. Em volta havia algodão. Não mais só o chão e a espera da colheita.

Chuva das águas só de outubro a março. Meu pai ao encalço de viver sonho esquecido. Do inconsciente nascido. Os filhos a mourejar.

Mandioca para as cabras. Estas comida das onças. Sobravam umas esperanças. Abóbora melancia mamona Maracás. 

Venda a atravessador não tinha jeito. Namorei a filha do cujo. Meus vinte anos marujo. À beira-mar Bualamour. Fiz mal pra ela enjeito.

Que pena ela um gozo maior. Que todas sem igual. Ai Neuza, fiz mal. Mexe e vira e tu de novo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário