Relembramos os 150 anos do nascimento de Albert Schweitzer, ocorrido em 14 de janeiro de 1875, na Alsácia, região que à época fazia parte do Império Alemão e hoje pertence à França. Schweitzer foi uma figura complexa: pesquisador, médico, filósofo, teólogo protestante, pacifista e organista.
Além de ser um intérprete brilhante da obra de Bach, Schweitzer utilizava seu talento musical de maneira prática, organizando concertos de órgão pela Europa para arrecadar fundos destinados à construção de um hospital em Lambaréné, no Gabão, então uma colônia francesa. Essa dedicação ao próximo estava profundamente enraizada em sua filosofia de vida, que ele chamava de “reverência pela vida”. Para ele, a vida deveria ser protegida e respeitada, e só deveria ser sacrificada em situações de absoluta necessidade.
Formado em teologia, Schweitzer inicialmente serviu como pastor. No entanto, a vontade de aliviar o sofrimento humano o levou a estudar medicina. Com sua esposa, que era enfermeira, construiu e administrou um hospital em Lambaréné, atendendo à população local com recursos limitados, mas com notável compaixão.
Reconhecido mundialmente por seu trabalho humanitário, Schweitzer recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1952, por seus esforços em prol da fraternidade entre as nações. Em 1957, utilizou sua influência para alertar a humanidade sobre os perigos das armas nucleares e da contaminação radioativa, fazendo um apelo pela preservação da vida em todas as suas formas.
Tendo vivenciado os horrores de duas guerras mundiais, Schweitzer via a tecnologia bélica como um perigo que superava a capacidade humana de controlá-la. Ele acreditava que a paz era uma responsabilidade coletiva e frequentemente citava o apóstolo Paulo: “Se possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos.”
Albert Schweitzer faleceu em 4 de setembro de 1965 e foi sepultado no hospital que ele mesmo fundou em Lambaréné, deixando um legado de serviço e respeito pela vida.
Crédito da foto: Albert Schweitzer em Lambaréné, 1964. Gert Chesi, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons.
Giih De Figueiredo
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