Os olhos de Maysa são dois lagos
De um azul profundamente triste
Lagos de profundidade sem fim
Onde o meu coração se deixa cair.
Eles são dois lagos de silêncio
De um silêncio que fala muito
E neles eu me vejo, Maysa,
Como num espelho de água parada.
Eles são dois lagos de sonho
Onde o meu pensamento se demora
E neles eu me perco, Maysa,
Como num labirinto de amor.
Manuel Bandeira
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