A vós correndo vou, braços sagrados,/ Nessa cruz sacrossanta descobertos/ Que, para receber-me, estais abertos,/ E, por não castigar-me, estais cravados./ A vós, divinos olhos, eclipsados/ De tanto sangue e lágrimas abertos,/ Pois, para perdoar-me, estais despertos,/ E, por não condenar-me, estais fechados./ A vós, pregados pés, por não deixar-me,/ A vós, sangue vertido, para ungir-me,/ A vós, cabeça baixa, pra chamar-me/ A vós, lado patente, quero unir-me,/ A vós, cravos preciosos, quero atar-me,/ Para ficar unido, atado e firme.
domingo, outubro 02, 2022
BUSCANDO A CRISTO. Gregório de Matos.
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