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quinta-feira, setembro 15, 2022

O BEM DE RAIZ. Charles Fonseca

O matuto dizia: não faça roçado com derrubada da mata para plantar cacau. A Ceplac dizia: faça. Feito o fogaréu com 16 tarefas em cinzas e o plantio do cacau. E tome adubo para recuperar o terreno dantes fértil. Visto o erro estratégico os ilustres fizeram raleamento da mata e plantaram mais 22 tarefas do theobroma cacau na sombra das árvores frondosas. Os matutos diziam: agora é cuidar do que têm. Os ilustres avançaram além do sugerido. Plantaram sob a mata mais 22 tarefas.  A produção do primeiro roçado demorava a chegar. E sete trabalhadores rurais na labuta. A renda dos ilustres vinda do trabalho  assalariado para os sustentar. Deste último roçado após dois anos um fogaréu de roçado  de parente vizinha destruiu a maior parte. Novo replantio a refazer agora parcialmente financiado pelo marido da distinta senhora sem chegar de novo ao padrão vegetativo anterior destruido. Dois anos de trabalho perdido. Instalaram comunicação por radio com a fazenda. Ao invés de deixar o equipamento funcionando da capital do Estado a 390 quilômetros até a casa da representante dos ilustres colocaram o progresso nas mãos de empregado que era gerenciado pela experiente senhora a 3 km.  Assim de ilustração em ilustração, chegou a praga a vassoura de bruxa criminosamente trazida da Amazônia que reduziu a produtividade da região da média de 70 arrobas de cacau por hectare para 20 arrobas. Ao fim e ao cabo um desastre gerencial. Uma década perdida. Tornei-me cronista. Nunca mais bem de raiz.

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