PASSEIO NOTURNO
Hermann Hesse
Já a noite cai, descansa a rua.
Em sonolenta pulsação
o rio vai, com suas águas indolentes,
rumo à calada escuridão.
Resmunga ele, no seu leito fundo,
tão contrafeito, pesado e rouco,
como se só quisesse repousar;
igual a ele, fatigado eu vou.
Atravessar a noite e terra estranha
é um penoso arrastar-se de um e outro:
silente e imóvel peregrinação
a dois, sem que nenhum saiba para onde.
terça-feira, outubro 01, 2019
PASSEIO NOTURNO. Hermann Hesse. Poesia.
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