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segunda-feira, novembro 12, 2012

A sociologia como ciência da sociedade

A sociologia como ciência da sociedade
fonte: wikipedia

Ainda que a sociologia tenha emergido em grande parte da convicção de Comte de que ela eventualmente suprimiria todas as outras áreas do conhecimento científico, hoje ela é mais uma entre as ciências.
Atualmente, ela estuda organizações humanas, instituições sociais e suas interações sociais, aplicando mormente o método comparativo. Esta disciplina tem se concentrado particularmente em organizações complexas de sociedades industriais assim como nas redes transnacionais e globalizadas que unificam ou associam fenômenos para além das fronteiras nacionais.
Ao contrário das explicações filosóficas das relações sociais, as explicações da sociologia não partem simplesmente da especulação de gabinete, baseada, quando muito, na observação causal de alguns fatos. Muitos dos teóricos que almejavam conferir à sociologia o estatuto de ciência buscaram nas ciências naturais as bases de sua metodologia já mais avançada e as discussões epistemológicas já mais desenvolvidas. Dessa forma, foram empregados métodos estatísticos, a observação empírica e um ceticismo metodológico a fim de extirpar os elementos "incontroláveis" e "dóxicos" recorrentes numa ciência ainda muito nova e dada a grandes elucubrações. Uma das primeiras e grandes preocupações para com a sociologia foi eliminar juízos de valor feitos em seu nome. Diferentemente da ética, que visa discernir entre bem e mal, a ciência se presta à explicação e à compreensão dos fenômenos, sejam estes naturais ou sociais.
Como ciência, a sociologia tem de obedecer aos mesmos princípios gerais válidos para todos os ramos de conhecimento científico, apesar das peculiaridades não só dos fenômenos sociais quando comparados com os fenômenos de natureza, mas também, consequentemente, da abordagem científica da sociedade. Tais peculiaridades, no entanto, foram e continuam sendo o foco de muitas discussões, ora tentando aproximar as ciências, ora as afastando e, até mesmo, negando às humanas tal estatuto com base na inviabilidade de qualquer controle dos dados tipicamente humanos, considerados — sob esse ponto de vista — imprevisíveis e impassíveis de uma análise objetiva.

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